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domingo, 25 de novembro de 2012

Disco-fenômeno ‘Thriller’, de Michael Jackson, faz 30 anos .






Em 1982, o futuro batia firme na porta. Foi naquele ano que Hollywood abriu uma janela para a imaginação com “E.T. — O Extraterrestre” e “Blade Runner”; que o videogame Atari 2600 bateu a marca de dez milhões de unidades vendidas; que os CD-players (ou discos laser) foram lançados comercialmente; e que o Brasil via a chegada de uma gente fina, elegante, colorida e sincera nas canções de Lulu Santos e da Blitz. Mas um fato cultural de magnitude até então inimaginável haveria de iniciar sua saga antes que 1982 acabasse. No dia 30 de novembro, chegava às lojas “Thriller”, o segundo LP do cantor americano Michael Jackson em parceria com o produtor Quincy Jones. Quase 30 anos depois, ele permanece como o álbum mais vendido da História (algo como 110 milhões de cópias). Isso depois de ter feito de Michael o Rei do Pop, de ter revolucionado a indústria fonográfica, de ter inaugurado a era de ouro do videoclipe (numa MTV que nascera em 1981) e de ter estabelecido parâmetros artísticos e comerciais que o artista morto em 2009 passou o resto de sua vida tentando, em vão, superar.

Leia matéria completa no Jornal O Globo

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pedro Miranda e Grupo Semente - O Mundo É Um Moinho





Pedro Miranda é um novo talento do samba brasileiro. Em 2009 lançou seu disco "Pimenteira". Mais informações sobre ele no seu site: http://www.pedrinhomiranda.com.br/

Aqui ele interpreta o clássico de Cartola, "O mundo é um moinho"


Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

sábado, 17 de novembro de 2012

Paulinho Da Viola - Meu Tempo é Hoje (2003)





Documentário dirigido por Izabel Jaguaribe, é um perfil afetivo do cantor, instrumentista e compositor.
O filme mostra seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina discreta e muito peculiar, em suas atividades e hábitos desconhecidos dos grande público. Mas a grande revelação vem das reflexões do músico sobre um único tema: o tempo. Em vários versos ele canta: "Só o tempo ajuda a gente a viver"; "Amor, repare o tempo enquanto eu faço um samba triste praa cantar"...
Há ainda encontros musicais memoráveis com Marina Lima, Eltom Medeiros, Zeca Pagodinho, Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela.


O documentário tem uma hora e meia; para quem quiser ver tudo mais relaxado (altamente recomendado..rss) eu aconselho a baixar o vídeo do  youtube. Para baixar vídeos do Youtube use o programa Atube. Baixe o programa  AQUI.






Nome consagrado do primeiro time da MPB em geral e do samba em particular, Paulinho da Viola nasceu no dia 12 de novembro de 1942, no bairro de Botafogo, no Rio. Filho do violonista César Faria, um músico respeitado nas rodas de choro, que tocou no famoso regional Época de Ouro, de Jacob do Bandolim, sua casa era palco de frequentes reuniões de chorões, entre eles algumas figurinhas carimbadas e assinadas, como o mestre de todos Pixinguinha.
Ao longo dos anos 70, Paulinho gravou em média um disco por ano, ganhou diversos prêmios e se apresentou por diversas cidades no Brasil e no mundo. Já nos anos 80, gravou mais quatros discos e manteve-se como um dos principais nomes do samba no país. Nos anos 90, entrou numa nova fase, onde a imprensa e os críticos passaram a vê-lo como um músico mais sofisticado e maduro. Mesmo sem perder seu apelo popular, Paulinho gravou um de seus mais importantes trabalhos, Bebadosamba e montou o espetáculo homônimo.
O trabalho de Paulinho hoje é visto como um elo entre diversas tradições populares como o samba, o carnaval e o choro, além de suas incursões em composições para violão e peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho mostra que está sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos.



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Site de Paulinho da Viola

sábado, 3 de novembro de 2012

Luis Gonzaga - Vida do Viajante


NO Centenário de Gonzaga, 
o Cultura Pop continua suas homenagens.
Uma das minhas músicas preferidas(entre várias outras!) - Vida de viajante - e um poema de cordel que homenageia o Rei do baião.








A vida de Gonzaga em Cordel



Meu caro amigo leitor
Por favor, preste atenção
Pois vamos falar agora
Nessa nossa exposição
Do grande Luiz Gonzaga
O nosso Rei do Baião.

Vamos cantar em cordel
Cem anos do Gonzagão
Homem forte e valente
Que causa admiração
Ele cantou o Nordeste
Com muita dedicação.

Vou contar uma história
De um homem apaixonado
Pelo forró, a safona
O baião e o xaxado
O grande Luiz Gonzaga
Como ele é chamado.

Nome completo é Luiz
Gonzaga do Nascimento
Ele nasceu no Exu
Grande acontecimento
Dia 13 de dezembro
O dia desse momento.

Mil novecentos e doze
Foi o ano abençoado
Nascimento de Gonzaga
Esse artista arretado
Pernambucano porreta
Pelo Brasil consagrado.

Quando era adolescente
Passou a se apresentar
Em bailes, forrós e feiras
Onde ia acompanhar
O seu papai Januário
Com ele aprendeu tocar.

Antes dos dezoito anos
Teve a primeira paixão:
Nazinha sua amada
Moça lá da região
Com amor e com carinho
Conquistou seu coração.

O pai dela o rejeitou
O namoro, não queria
O ameaçou de morte
Foi grande a covardia
Luiz Gonzaga então
Quis mostrar, a valentia.

Januário e Santana
Descobriram o namoro
Deram uma surra em Luiz
E ele caiu no choro
Revoltado e com medo
Fugiu como desaforo.

Gonzaga fugiu de casa
No exército ingressou
em Crato, no Ceará
Pelo Brasil viajou
E durante um bom período
Soldado se transformou.

Domingos Ambrósio foi
Um grande acordeonista
Que incentivou Gonzaga
A ser um grande artista
Ensinou os seus segredos
Pra ser grande sanfonista.

No ano de 39
Lá no Rio de Janeiro
Ele deixou o Exército
Como um bom brasileiro
Passou a tocar sanfona
Com repertório estrangeiro.

Tocava nos cabarés
Um tremendo retrocesso
Em programas de calouros
Também não teve progresso
Quis voltar p'ro seu sertão
Pois não achava o sucesso.

No ano 41,
Programa de Ary Barroso,
Foi aplaudido de pé
Começou ficar famoso
Tocando o Vira e Mexe
Um regional gostoso.

Vira e Mexe é a primeira
Música que ele cantou
De sua própria autoria
Com ela, se consagrou
Lá na gravadora Victor
50 canções gravou.

Depois de ser contratado
Pela Rádio Nacional
Pra cantar, tocar sanfona
De forma sensacional
Da rádio ele ficou sendo
O artista principal.

No ano 45
Luiz Gonzaga gravou
A sua primeira música
Um verdadeiro cantor
No estúdio RCA
Seu sucesso estourou.

Asa Branca, o seu hino
Sua principal canção
Traduzida em várias línguas
Conquistou toda nação
Composta em 47
Por Humberto e Gonzagão.

Luiz Gonzaga foi grande
Compositor e cantor
Sanfoneiro de primeira
Homem de grande valor
Que cantou nosso sertão
Com carinho e com amor.

Luiz Gonzaga é forró
É xaxado e é baião
Foi um grande sanfoneiro
Cantou o nosso sertão
Ele foi grande expoente
De toda nossa nação.

Foi um grande cantador
Só cantava acompanhado
Da sanfona, do zabumba
Do triângulo ao seu lado
Cantando o seu sertão
E o seu Nordeste amado.

Foi grande compositor
De xaxado e de baião
Exaltava o vaqueiro
O temido Lampião
Cantou para o Padim Cícero
Pro nosso Frei Damião.

No forró e no baião
Gonzaga foi pioneiro
Cantava com a sanfona
Vestido como um vaqueiro
Gonzaga pernambucano
Nordestino, brasileiro.

Zé Dantas foi seu parceiro
Também Huberto Teixeira
Juntos esses três fizeram
Sucessos, grande carreira
Hoje, os três fazem parte
Da cultura brasileira.

Sofrendo de osteoporose
No Hospital Santa Joana
Na cidade do Recife
Capital pernambucana
Morreu o Rei do Baião
Calou-se sua sanfona.

No dia 2 de agosto
Do ano oitenta e nove
Na cidade do Recife
Vá à net e comprove
Faleceu Luiz Gonzaga
Todo mundo se comove.

Vítima duma parada
A cardiorrespiratória
O seu corpo foi velado
Com honradez e com glória
Na cidade do Exu
Tá gravada a sua história.

Com sua sanfona branca
E o seu chapéu de couro
Com o manto do vaqueiro
E o seu gogó de ouro
Luiz Gonzaga foi rei
Do Nodeste, um tesouro.

Um dia, ele me disse
Que queria ser lembrado
Como um grande sanfoneiro
Que durante seu reinado
Amou e cantou seu povo
Com baião, xote e xaxado.

Que cantou os animais
O amor, os cangaceiros
Os padres, os retirantes
As aves e os vaqueiros
Os covardes, os valentes
Do Nordeste brasileiro.

Mas foi muito mais além
Virou o Rei do Baião
Amado em todo Brasil
Na Europa, no Japão
Respeitado em todo mundo
Como o grande Gonzagão.

Cantamos nesse cordel
Cem anos de Gonzagão
Esse bom cabra da peste
Cantador do meu sertão
Parabéns Luiz Gonzaga
O nosso Rei do Baião.


Carlos Soares da Silva
Cupira, PE.

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http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/cordel/100-anos-do-gonzagao-o-nosso-rei-do-baiao